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País de dimensões continentais e com uma população que ultrapassa a casa dos 200 milhões de habitantes, o Brasil é uma das nações que mais movimentam dinheiro no segmento de entretenimento online em todo o mundo. Não por acaso, grandes empresas do exterior enxergam o mercado brasileiro de entretenimento e mídia como uma grande oportunidade de alavancarem as suas respectivas marcas na América Latina.
Número de assinantes da Netflix Brasil ultrapassa o número de assinantes da TV paga
Um estudo promovido por analistas de Wall Street revelou que o Brasil chegou a casa dos 17 milhões de assinantes de Netflix em junho deste ano – número que é superior aos clientes de TV por assinatura no país. Para efeito de comparação, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o número de assinantes de TV paga foi de 15,2 milhões no mesmo período.
Também vale destacar que, somente no primeiro semestre de 2020, a Netflix arrecadou US$ 395,7 milhões em assinaturas no Brasil. Dentro desse cenário, o Brasil só perde para os Estados Unidos em número de assinantes no mundo.
Com o sucesso da Netflix no país, muitas empresas de streaming passaram a investir no mercado brasileiro, como por exemplo a Amazon — por meio do Prime Video. Hoje, o principal concorrente da Netflix nesse setor é justamente o serviço de streaming oferecido pela Amazon.
Segundo uma pesquisa realizada pelo canal online JustWatch, a Netflix tem 31% de participação no mercado nacional de streaming, enquanto que a influência do Prime Video nesse levantamento é de 24%. Já a plataforma HBO Go aparece na terceira posição de preferência dos brasileiros, com 9% de participação nesse segmento no país.
Brasil é o 13º maior mercado de jogos a nível mundial
A Newzoo, agência global especialista em realizar estudos no segmento dos eSports, revelou em uma pesquisa divulgada no ano passado que o Brasil é o 13º maior mercado de jogos online do mundo em termos financeiros.
Para se ter uma ideia, em 2018 a receita de jogos no Brasil foi de US$ 1,6 bilhão — a maior da América Latina. Além disso, é relevante mencionar que o smartphone é a principal plataforma de jogos digitais no Brasil.
Nesse segmento, também é importante destacar o investimento de grandes empresas nos jogos de cassino ao vivo via streaming. Como no Brasil não há cassinos físicos desde 1946, essa experiência de cassino ao vivo em tempo real deu uma nova perspectiva para esse setor no país e tem agregado muitos adeptos.
Setor de entretenimento e mídia no Brasil deve crescer até 2022
Segundo a 19ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia realizado pela empresa PricewaterhouseCoopers (PwC), o Brasil deverá movimentar por volta de US$ 52 bilhões no setor de entretenimento online em 2022 — em 2017, foram movimentados US$ 41 bilhões.
Além disso, essa pesquisa realizada pela PwC aponta que, a partir de 2022, os dados utilizados em smartphones para entretenimento e mídia deverá ser maior que o consumo em banda larga fixa no Brasil.
Apenas com jogos de smartphones, segundo a 19ª Pesquisa da PwC, o faturamento saltará de US$ 324 milhões, em 2017 para US$ 878 milhões em 2022. Também é válido destacar que a previsão do faturamento do mercado nacional de games digitais alcançará a marca de US$ 1,756 bilhão até 2022 no país.
Todos esses dados vão de encontro com o crescimento do número de acessos dos brasileiros à internet. A pesquisa TIC Domicílios 2019, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação, revelou que 74% da população brasileira utiliza a internet — um número recorde no Brasil.
Estudo de 2013 já alertava para o crescimento do Brasil no setor de entretenimento online
Antes mesmo do boom do crescimento do segmento de entretenimento e mídia no país, alguns estudos de credibilidade já apontavam para isso há alguns anos. De acordo com uma ampla pesquisa sobre mercado digital, realizada pela empresa de consultoria Edelman Global Entertainment Study, em 2013 o Brasil era o país em que o consumo de entretenimento e interações digitais mais crescia em todo o mundo.
Ainda segundo essa pesquisa, o comportamento mais aberto e receptivo do brasileiro promove mais interações no mundo online entre as pessoas, o que também leva a um maior consumo no setor de entretenimento e mídia como um todo.