Em Piraquara no Paraná, presos trabalham no plantio de alimentos orgânicos

Eles são responsáveis pelo plantio, colheita e processamento dos alimentos, que são entregues prontos para o consumo. Secretário da Agricultura e Abastecimento conheceu a iniciativa, que pode ser ampliada para outras regiões do Estado.

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Presos da Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (PCE-UP), localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, trabalham no plantio de hortaliças e verduras orgânicas produzidas no terreno da unidade penal. Nesta quinta-feira (18), o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, conheceu a iniciativa, que pode ser ampliada para outras regiões do Estado.

“Tive a oportunidade de conhecer um belo trabalho que une dois grandes aspectos. Um deles é que o detento pode trabalhar, reduzir sua pena, aprender um novo ofício e exercitar a mente e o corpo. De outro lado, trazer empresários interessados em ajudar a produzir, ser racional e contribuir para a recuperação da dignidade dessas pessoas que aqui estão”, afirmou o secretário.

Segundo Ortigara, foi possível notar um ambiente propício para ampliação do trabalho. “Discutimos com a equipe da direção sobre estabelecer novas parcerias, visando o pleno aproveitamento racional de grandes áreas que detemos em várias regiões do Paraná, no sentido de transformar esses locais em ambientes de produção, dando oportunidade para os detentos e produzindo alimentos”, disse ele.

Segunda a diretora da PCE-UP, Cinthia Maria Mattar Bernardelli Dias, atualmente dez presos trabalham diariamente na horta. Além dessa iniciativa, a penitenciária possui convênio com outras empresas e, por isso, consegue manter todos os presos ocupados. “Todos os presos que cumprem pena na unidade de progressão trabalham e estudam em tempo integral. Nosso objetivo é prepará-los ao máximo possível para o retorno e a vida em sociedade”, explicou a diretora.

HORTA – No local, os presos são responsáveis pelo plantio, colheita e processamento dos alimentos que são entregues prontos para o consumo. Isso é possível graças a parceria com a empresa JFO Alimentos Orgânicos ,que contrata e qualifica a mão de obra prisional por meio de um convênio com o Estado. Em contrapartida, os presos recebem ao mês a remuneração de três quartos do salário-mínimo, além de diminuir a pena por meio do trabalho. A cada três dias trabalhados, um dia a menos da pena a cumprir.

RESPONSABILIDADE SOCIAL – Responsável pela JFO Alimentos Orgânicos, o empresário Julio Cesar, se diz satisfeito com a parceria. “Percebemos um excelente resultado, por isso desejamos ampliar a produção e os tipos de culturas. Todos os detentos que estão conosco demonstram interesse em aprender a profissão e são extremamente dedicados”, afirma o empresário.

Pelo segundo ano consecutivo, a empresa recebeu do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho Prisional, o Resgata, que reconhece as principais iniciativas de absorção de mão de obra de pessoas privadas de liberdade no país.

VISITA – Também participaram da visita o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Natalino Avance de Souza; do empresário Júlio Cesar e dos servidores do Depen Boanerges Silvestre Boeno Filho, Edilson Pereira Sposito e Paula Bond.

Agência Estadual de Notícias

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