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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu hoje (16) o Exame Nacional Ensino Médio (Enem), criticado pelo candidato do PSDB, José Serra, ontem, Dia do Professor. Dilma considerou “absurdas” as críticas de Serra e disse que o exame, alvo de vazamentos no ano passado, é uma forma importante de medir a qualidade da educação no país.
“Quando se fala em vazamento é necessário que se perceba que o crime está sendo investigado. O Enem tem sido essencial como uma forma de controle da qualidade do ensino e é pré-condição para o Prouni [Programa Universidade para Todos]. Atacar o Enem é uma forma indireta de atacar o Prouni”, afirmou Dilma. Serra disse que o Enem é usado politicamente e precisa ser reformulado.
Em comício na região central de Belo Horizonte, Dilma lembrou o Dia Mundial da Alimentação e enfatizou a necessidade de combater a forme e de distribuir renda. “Esse é o Dia da Alimentação e o dia de luta contra a fome. Combater a fome implica também lutar contra o direito de alguns terem muito e outros não terem nada”, disse a candidata, durante comício que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, José Alencar, que coordena a campanha de Dilma no segundo turno em Belo Horizonte.
Em carreata que percorreu bairros da zona sul e da região central de Belo Horizonte, os participantes procuraram evocar a “mineirice” de Dilma. Ela abriu o discurso dizendo que, se eleita, será a primeira mulher mineira a assumir a Presidência da República. Alencar enfatizou que Belo Horizonte é a terra de Dilma e Lula fez questão de lembrar que Minas Gerais já elegeu presidente da República, mas Belo Horizonte ainda não conseguiu o feito.
Para o comando de campanha de Dilma, é estratégico ganhar votos em Belo Horizonte, onde a candidata do PV, Marina Silva, foi a mais votada no primeiro turno. Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,5 milhões de eleitores, perdendo apenas para São Paulo, que tem 30,3 milhões de eleitores. Em Belo Horizonte, Marina teve 560.037 votos (40%), 126 mil votos a mais que a mineira Dilma, ficou com 434.157 (31%) votos. José Serra (PSDB) foi o terceiro, com 389.416 (28%) votos.