CRIANÇA MORRE DURANTE PARTO E TEVE PESCOÇO CORTADO PARA SER RETIRADA EM TOLEDO

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O casal de agricultores Leonardo Kuester e Miglia de Paula, residentes no município de Mercedes, procurou a reportagem da Rádio Guaçu de Toledo e o site Radarbo, para cobrar das autoridades competentes uma ação visando evitar que outros casais passem pelo que estão vivendo após a filha Julia Gabriele Kuester, morrer durante um parto na Casa de Saúde Bom Jesus, em Toledo. Para o pai, Julia morreu por negligência e a mãe muito abalada, cobra Justiça. Grávida de 39 semanas e perdendo líquido e sangue, Miglia foi levada pelo marido para o hospital na última segunda-feira (31) e segundo Leonardo, “ela estava muito mal, mas o médico queria esperar para que ela tivesse parto normal. Na terça-feira, vendo que a situação não evoluía, o médico pediu um exame de ultrasson e isso ocorreu no período da tarde. O exame mostrou que não havia condições da minha esposa ser submetida a parto normal, pois o bebê era grande, estava com 3.950 kg e não havia dilatação suficiente. Por isso, marcou a cesariana para as 07h30min de quarta-feira, dia de finados. Ocorre que houve a troca de plantão e o médico identificado por Elias Pereira da Silva, insistia no parto induzido, mesmo minha esposa gritando de dor pelos quatro cantos. Até as enfermeiras pediram para o médico fazer a cesárea, mas ele não queria. Em determinado momento ele mandou dar uma injeção para induzir ao parto e ai foi o fim. As dores da minha esposa aumentaram, acelerou o trabalho de parto e ai foram fazer o parto normal e em determinado momento a minha filha saiu só com a cabecinha para fora e o corpo ficou preso porque não havia a dilatação, o que já era previsto. Tentaram de todo jeito, mas sem sucesso e a criança forte e linda, morreu. Tiveram que cortar fora o pescoço do bebê e ai correram para a ala cirúrgica para efetuar a retirada do corpo dela e a retiraram e costuraram o pescocinho dela para recompor o corpo. Uma tragédia. Após a tragédia, minha esposa ouviu o médico dizer que não era capacitado para fazer o parto, pois não era obstetra. Ouvimos outros relatos sobre este médico e o que queremos agora é que seja feita justiça, nossa filha não volta mais, mas não queremos outras famílias sofrendo o que estamos passando neste momento. Um trauma que jamais será esquecido. A ferida vai cicatrizar, mas jamais será curada por completo.” Desabafou o pai.

A direção do hospital deverá se manifestar nas próximas horas sobre o caso, que comoveu todos os funcionários do próprio hospital.

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