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De acordo com o Conselho Universitário, há necessidade de retomada imediata de diálogo entre a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e o governo federal. Dessa forma, poderá ser viabilizada a inclusão da pauta econômica na Lei de Diretrizes Orçamentárias que será votada no Congresso nacional ainda em agosto.
Em greve desde o dia 06 de junho, os servidores reivindicam carreira plena, piso de três salários mínimos e step de 5%; racionalização dos cargos; reposicionamento dos aposentados, reposição do vencimento básico complementar e isonomia de benefícios. O governo sinalizou que só negocia após o fim do movimento.
Segundo o reitor Zaki Akel Sobrinho, as decisões do conselho são democráticas, abertas e transparentes. “A greve precisa ser entendida, negociada e conduzida, de parte a parte, com sabedoria e diálogo”. destacou. O reitor vai continuar os contatos com o governo através da Casa Civil e da bancada federal na tentativa de reabertura das negociações.
O vice-presidente da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), Rodrigo Horochovski, também defendeu a volta ao diálogo entre os servidores e o governo federal.
Para o Conselho, a greve envolve não apenas um embate entre dois lados. Há a população usuária dos serviços públicos, muito mais importante e vulnerável. Os prejuízos à comunidade usuária não podem ser entendidos apenas como efeitos colaterais.
O fechamento do Centro de Computação Eletrônica (CCE) e não efetivação das matrículas no início do mês poderão comprometer as atividades do segundo semestre letivo, com prejuízo para os 30 mil estudantes, em especial aqueles em final de curso e em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Antonio Neris, acredita que a posição do COUN favorece não apenas os técnicos, mas a universidade em geral. “A moção nos alegra. A nossa luta não é contra a administração ou os docentes, é em prol da UFPR”, declarou.
AGU
A Advocacia -Geral da União ingressou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a greve dos servidores de universidades federais. O nome de vários reitores foi ajuizado na ação. O reitor da UFPR, a pedido do Sinditest, esclareceu que não foi consultado e que tomará as providências necessárias para que o seu nome seja retirado da lista.