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O PSD confirmou em convenção neste sábado, 21, a candidatura do deputado estadual Ratinho Junior para o governo do Paraná nas eleições 2018. Caso seja confirmada a coligação com PSC, PR, PV, PRB, PHS e Avante, a chapa terá pelo menos cinco minutos de horário eleitoral na TV e no rádio. A escolha do vice, no entanto, permanece indefinida.
Durante a convenção, Ratinho Junior citou passagens bíblicas e explorou sua história familiar – partidos ligados a igrejas evangélicas apoiam o deputado. O apresentador do SBT, Ratinho, pai do político, também discursou aos cerca de 4 mil presentes, exaltando a carreira do filho.
Ratinho se coloca como uma terceira via entre as pré-candidaturas de Cida Borghetti (PP) e Osmar Dias (PDT). No discurso, ele se apresentou como o “novo”. Entre as propostas, o deputado promete enxugar em 50% o número de secretarias de governo e modernizar a máquina pública. “Vamos implantar muita tecnologia para prestar um bom serviço à população”, disse.
Também discursaram ao lado de Ratinho todos os nomes já colocados como possíveis vices do deputado: o ex-secretário de Agricultura Norberto Ortigara (PSD), o ex-presidente da associação de Municípios do Paraná Marcel Micheletto (PR), o ex-presidente da FIEP-PR, Edson Campagnolo (PRB) e ex-presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana (PSD).
A depender da escolha, Ratinho poderá perder algumas legendas na chapa. O PRB, por exemplo, condicionou o acordo a indicação de Campagnolo para o posto. No entanto, recente notícia de que ele estaria sendo investigado por apropriação de recursos da FIEP complicaram a confirmação da aliança. Na convenção, Ratinho não descartou nenhum dos nomes listados.
Também ainda não estão definidos os candidatos ao Senado pela chapa. Disputam o posto os deputados federais Takayama (PSC) e Christiane Yared (PR) e o ex-ministro Reinhold Stephanes (PSD). Como Ratinho tem buscado os apoios do PSL, do pré-candidato ao Senado Delegado Francischini, e do Podemos, que tem Professor Oriovisto para o posto, a definição completa dos nomes só ocorrerá com o fim do prazo para anúncio de candidaturas, em 5 de agosto.
O “namoro” com o PSL, do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, é visto por aliados do deputado como perigoso. Eles avaliam que Bolsonaro pode trazer mais rejeição do que votos para a campanha de Ratinho. Já para conquistar o Podemos, do pré-candidato à Presidência Alvaro Dias, o deputado terá que enfrentar o irmão do presidenciável, Osmar Dias, que também busca o apoio formal da sigla, que ainda não se manifestou.
Se acertar com PSL e Podemos, Ratinho, que tem sete partidos na chapa, pode empatar com a governadora Cida Borghetti (PP) no número de legendas na coligação e até ultrapassá-la na quantidade de tempo de TV. Hoje, a pré-candidata à reeleição tem nove siglas na coligação. Neste sábado, ela esteve na convenção do PROS e do PMN, que confirmaram a aliança.
Perfil:
Carlos Roberto Massa Junior, mais conhecido como Ratinho Junior, é filho do apresentador do SBT, Ratinho. Ele nasceu em Jandaia do Sul, Norte do Paraná e, aos 37 anos, é o candidato mais jovem ao governo do Estado. É formado em Marketing e Propaganda, com pós-graduação em Direito de Estado. É casado e pai de três filhos. Entrou na vida pública aos 21 anos, quando foi eleito deputado estadual com a maior votação da história da Assembleia Legislativa.
Depois, foi eleito para dois mandatos consecutivos na Câmara Federal, também com votações expressivas. Em 2012, tentou a eleição para a Prefeitura de Curitiba, mas saiu derrotado por Gustavo Fruet (PDT). Em 2014, voltou ao Paraná, eleito deputado estadual, quando elevou de dois para 12 membros a bancado do seu antigo partido, o PSC. Mas, até final do ano passado, chefiava a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo Beto Richa (PSDB).
Apesar de ter feito parte do governo, atualmente tem se posicionado contrário a propostas da governadora Cida Borghetti na Assembleia, como no reajuste salários dos servidores públicos. Apesar de jovem, Ratinho tem um perfil conservador e historicamente é ligado a partidos que tem base em igrejas evangélicas. Entre as polêmicas, declarou na campanha de 2012 ser contra o casamento gay.