Escute a noticia. Clique no Player acima!
Terceiro item da pauta desta segunda-feira (27), o projeto, que foi retirado há dois meses, pelo Governo do Estado, foi aprovado, embora os deputados da oposição tenham protestado muito.
Se aprovado, o ParanaPrevidência deve arcar com cerca de R$ 125 milhões mensais para pagar os inativos. Deputados da base do governo defendem que a mudança é necessária devido à mudança da composição populacional, que tem levado a um déficit da previdência no mundo todo. Ainda segundo os parlamentares favoráveis ao projeto, os próprios R$ 8,5 bilhões hoje no caixa do ParanáPrevidência são fruto dos royalties da Usina de Itaipu, que devem abastecer novamente o fundo a partir de 1º de janeiro de 2021.
Além deles, um grupo de manifestantes acompanha, do lado de fora, a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para votação das mudanças na ParanaPrevidência. Um trio elétrico transmite o áudio da sessão aos servidores, que foram impedidos judicialmente de entrar na Casa.
A movimentação dos servidores estaduais é pacífica e a orientação do comando de greve é que os manifestantes não tentem passar pelo policiais militares que fazem o cerco à Alep. Além disso, a orientação é para que os servidores mantenham a praça limpa. De acordo com a diretora da APP Sindicato Marlei Fernandes, os professores vão tentar acampar na Praça Nossa Senhora da Salete, apesar da proibição judicial. Caso não seja possível, os manifestantes vão dormir em locais “alternativos”, disse a diretora.
Um acampamento foi montado na Praça 19 de Dezembro, também no Centro Cívico, para a concentração dos professores. Os manifestantes caminharam da Praça 19 de Dezembro até a frente da Assembleia Legislativa do Estado, de modo tranquilo, sem nenhum confronto. Esse foi o clima durante toda a manhã. O único momento mais tenso foi a tentativa, por parte de alguns manifestantes, de entrar no Palácio Iguaçu. Eles foram contidos rapidamente.
A concentração de professores começou cedo, por volta das 7h. Depois de reunir cerca de 200 pessoas, o grupo iniciou uma caminhada até a Praça Nossa Senhora de Salete, aonde chegaram perto das 11h. Ao som de músicas de protestos e contrárias ao governador Beto Richa (PDSB), os professores foram recebendo apoio dos estudantes ao longo do caminho.
Na avaliação de Hermes Silva Brandão, presidente do APP-Sindicato, o déficit causado nas contas do governo teve origem na irresponsabilidade fiscal e no descontrole de gastos. “Não somos nós, servidores, que vamos ter de bancar isso”, afirmou. Além disso, o principal motivo que anima os grevistas é que o projeto não foi amplamente discutido. A diretora da APP Marlei Fernandes também reclamou do projeto. “Se o projeto fosse bom, não precisava de polícia”, disse Marlei.
Fonte: JL