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As apreensões de droga feitas com auxílio de cães de faro dos batalhões da Polícia Militar neste ano já ultrapassam 38 toneladas, três vezes mais que o total dos últimos três anos juntos (2017 a 2019), que somados chegam a 10,3 toneladas.
O balanço é da Companhia de Operações com Cães (COC) do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que gerencia 21 canis policiais militares em todo o Estado.
O aumento das apreensões, segundo o Comandante da COC, capitão Gustavo Dalledone Zancan, está atrelado à ampliação das operações com cães em diferentes cenários, principalmente na região de fronteira com o Paraguai (Oeste do Estado) e nas rodovias estaduais, nas rotas utilizadas pelos narcotraficantes para distribuir as drogas para outros estados.
O capitão explicou ainda que muitas apreensões são oriundas de operações da PM e, muitas outras, ocorrem quando as equipes do Canil prestam apoio a outras unidades da própria PM e a órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. “Somente em uma apreensão, ocorrida em junho deste ano em Maringá, a Polícia Federal com apoio do Canil do 4º Batalhão apreendeu 25 toneladas de maconha, o que fez uma grande diferença na estatística deste ano”, disse.
Desde 2017 a atuação dos Canis da PM têm contribuído para o aumento das apreensões de maconha no Estado. Naquele ano foram apreendidas 2,5 toneladas, depois subiu para 3,1 toneladas no ano seguinte, e 4,7 toneladas no ano passado. Crack e cocaína que, largamente, são apreendidos pela PM, também foram alvo das ações das equipes e dos cães da Corporação.
Neste ano, foram apreendidos 318 quilos de cocaína. Nos últimos três anos as apreensões foram de 826 quilos em 2019, 295 quilos em 2018 e 369,2, em 2017. Nas apreensões de crack, a PM retirou de circulação mais de oito quilos desta droga neste ano, ao passo que em 2019 foram 44 quilos, em 2018 10,1 quilos e, em 2017, 10,7 quilos.
Além do faro de drogas, o apoio dos cães também auxilia na localização de armas de fogo. Neste primeiro semestre, foram apreendidas 86 armas de fogo. Nos últimos anos, as equipes policiais apreenderam 141 armas em 2019, 74 em 2018 e 108 em 2017.
Os cães da Polícia Militar também são treinados para outras missões, como radiopatrulhamento, faro de explosivos, busca de pessoas e, também, para atividades de cunho comunitário, de interação com a população. Para cada área existe um treinamento específico que, segundo o capitão Zancan, explora as habilidades físicas do cão em favor da segurança pública.
“A doutrina cinotécnica da COC é difundida entre os canis setoriais das demais unidades operacionais da PM. Unidades especializadas como o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) e o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) possuem cães treinados para encontrar drogas e armas independente da criatividade dos criminosos em camuflar o esconderijo dos produtos ilegais”, acrescentou.
Agência Estadual de Notícias