Cambé define primeiras ações conjuntas com as empresas de telefonia que atuam na cidade

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A Prefeitura de Cambé está empenhada em definir e implementar ações que vão melhorar a situação dos cabos e fios de telefonia fixa e internet que lotam os postes ou que ficam pendurados nas ruas e calçadas da cidade. Por conta disso, o município convocou 10 empresas que atuam nesse ramo na cidade para que as primeiras ações conjuntas pudessem ser organizadas com o poder público. Durante a reunião, um dos pontos acordados foi a definição de uma via da cidade que vai receber uma remoção conjunta dos fios inativos. Além disso, a criação de um grupo de WhatsApp com membros de todas as operadoras, da Copel e da administração municipal também poderá auxiliar nesse trabalho de divulgação de obras na rede de posteamento e fios caídos ou em desuso. A reunião aconteceu na manhã desta segunda-feira (22) e contou com a presença de membros das Secretarias de Obras, Assuntos Jurídicos, Desenvolvimento Econômico, do Departamento de Trânsito, da Defesa Civil, além de representantes da Copel e de oito das 10 operadoras convocadas da cidade.

Manoel Cicero dos Santos, secretário de Obras, explica que a cidade vem enfrentando diversos problemas com os fios e cabos que ficam pendurados nos postes, principalmente de linhas inativas. O secretário pontua que quando um cliente troca a operadora do serviço, o fio antigo não é retirado e outro é acrescido. “Isso faz com que os postes fiquem cheios de fios desligados, então se um cair, nenhuma pessoa vai reclamar porque não há ninguém utilizando o serviço. Com o tempo, isso pode trazer perigos para a população”, ressalta. Ele explica que, com a ação do tempo ou com o impacto de caminhões, os fios se desprendem e ficam pendurados nas calçadas e vias da cidade, podendo ocasionar acidentes. “Como não há identificação, nós não sabemos qual empresa devemos cobrar para que a retirada seja feita, então o município acaba tendo que arcar com esse serviço”, esclarece. Há pouco mais de dois anos, o município fez uma ação de retirada de fios caídos, resultando em mais de uma tonelada de material recolhido em trechos de duas ruas da cidade.

O secretário de Obras também destaca que esse material tem um valor baixo de mercado, então o município precisa ter um espaço para armazenar esse material, já que ele não pode ser alocado no Aterro Municipal. “Mas esse trabalho não é de responsabilidade nossa, mas das empresas que prestam o serviço, por isso precisamos definir ações conjuntas para que possamos mudar esse cenário que vemos hoje”, explica. A primeira ação acordada entre eles foi a definição de uma rua central da cidade para que todos os cabos desativados daquela via sejam removidos pelas empresas que operam naquele local. A via será definida nos próximos dias pelo município e repassada à Copel, que notificará as operadoras.

Essa ideia já foi utilizada em ruas de Curitiba, como conta o gerente da área Técnica de Compartilhamento da Copel, Fabrício Salmazo. “Isso vai aliviar a rede de posteamento daquela rua e vai permitir que o município veja se ela é uma ação que pode ser aplicada em toda a cidade. O objetivo também é trazer esse hábito de retirar os fios inativos”, explica. Salmazo também ressalta que a Copel não pode fazer a retirada de fios, somente em casos em que a situação representa um risco iminente à população. Mas, de acordo com ele, a partir do ano que vem, uma resolução conjunta entre a Copel, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai permitir que a os técnicos da Companhia Paranaense de Energia façam a retirada de fios clandestinos, ou seja, que não possuem identificação.

Um dos principais tópicos de reclamação dos representantes das empresas de telefonia fixa e internet da cidade é a respeito da falta de comunicação entre elas e o poder público. De acordo com eles, há casos em que o município vai fazer a remoção ou troca de determinada rede de posteamento da cidade, mas não comunica as operadoras para que elas façam a retirada e realocação dos fios. Por isso, com a iniciativa partindo dessas empresas, foi definida a criação de um grupo de WhatsApp com membros de todas as operadoras, da Copel e do poder público. “No grupo, nós vamos publicar todas as ações do município que envolvam os postes ou no caso de alguma queda da rede, como na semana passada por conta da chuva. Essa proximidade vai permitir uma melhor comunicação entre nós”, explica Manoel Cícero dos Santos.

O Secretário de Obras também pediu a colaboração das empresas para que elas comuniquem à Prefeitura de Cambé quando derem início em instalações de grande porte, que geralmente levam vários dias e atrapalham o trânsito de motoristas e pedestres. 

Nas próximas semanas, novas reuniões sobre o assunto serão agendadas, principalmente para receber sugestões das empresas e para que um possível padrão de identificação nos fios seja definido, já que isso vai poder melhorar o controle e a fiscalização do município. Além disso, como fruto desse cronograma de reunião, será organizado um Decreto Municipal sobre a temática, sistematizando as novas definições e regras. 

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