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Projeto (730/2011) da deputada Gorete Pereira, do PR cearense, obriga o SUS a oferecer unidades de tratamento exclusivas a mulheres. Pela proposta, o SUS terá de abrir, em todo o país, unidades de saúde para as mulheres, na proporção de uma para cada cem mil habitantes.
Segundo Gorete Pereira, há no país uma defasagem entre a oferta e a demanda de serviços de saúde. Ela lembra a alta incidência de diversos tipos de cânceres entre as mulheres, como os de mama, de colo de útero e de ovário.
“Por quê? A mulher é muito mais… em relação a doenças, ela tem que fazer uma série de exames preventivos. São altíssimas as incidências de câncer de mama, de câncer de colo de útero, de ovário. Tem a maternidade, tem todos os outros exames, tem papanicolau. Se tiver um lugar determinado pra isso, a gente evita também que seja em locais que tratem de todo tipo de doença, como é hoje: as mulheres ficam, muitas vezes, sujeita a infecções hospitalares.”
A deputada Gorete observou que muitos municípios não têm aparelho de mamografia e, por dificultar o exame preventivo, o Brasil tem elevados índices de câncer de mama.
A presidente do Femama, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saude da Mama, Maira Caleffi, reforçou a necessidade de se facilitar os exames.
“Ainda estamos devendo muito para as brasileiras, nós temos dificuldade com alguns gargalos na hora de fazer a mamografia, de fazer a biopsia, longas esperas pra fazer cirurgias e tratamentos, como quimioterapia e radioterapia.”
Maíra Caleffi reclamou de leis que não saem do papel, como a que assegura o direito à mamografia em toda a rede SUS e que ainda não é aplicada em todo o país.
O projeto que prevê unidades exclusivas de atendimento às mulheres no SUS ainda tem de passar por três comissões da Câmara.
De Brasília, Paulo Roberto Miranda.