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Os bancários de todo o País começam hoje uma greve por tempo indeterminado. A expectativa do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é de forte adesão dos trabalhadores já nos primeiros dias de paralisação das agências. No Paraná, os dez municípios que possuem sindicatos próprios – Curitiba, Londrina, Campo Mourão, Cornélio, Guarapuava, Apucarana, Paranavaí, Umuarama, Arapoti e Toledo – iniciam o movimento imediatamente, com expectativa de que cidades próximas também engrossem o movimento. Ontem a noite, bancários dessas cidades se reuniram para organizar as ações.
Segundo Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, que engloba mais 26 cidades, hoje devem ser paralisadas as agências do Calçadão e avenida Higienópolis. É esperada grande adesão, independentemente do banco. ”Como os bancários, tanto dos bancos públicos quanto privados, estão bem insatifeitos, minha expectativa é que muitas cidades entrem na greve ainda esta semana, principalmente as próximas de Londrina, como Rolândia, Cambé e Ibiporã.”
Crivellari comenta que o Sindicato recebeu denúncias de práticas antissindicais, como ameaças de demissão e descomissionamento para os trabalhadores que pararem. ”Estamos seguindo todos os preceitos da Lei de Greve. Infelizmente, esta prática se mostra costumeira, o que é algo inadimissível”, ressalta.
Em relação ao atendimento ao público, o sindicato orienta que os grevistas autorizem o pagamento dos benefícios do INSS e também que os caixas de autoatendimento estejam liberados para saque e retiradas. ”Nós iremos dialogar com a população explicando que chegamos numa situação extremamente complicada”, garante o sindicalista.
A categoria quer reajuste de 12,8% (inflação mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros (três salários mais R$ 4,5 mil), valorização do piso para R$ 2,29 mil, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização.
Curitiba
Os bancários da Capital também irão paralisar as agências do centro. ”Esperamos grande adesão, inclusive da região metropolitana”, ressalta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que engloba 29 municípios. Ele comenta que foi feito um trabalho forte nos municípios menores e o que está faltando ”é bom-senso” por parte dos bancos.
A Fenaban ainda não se manifestou para reabrir as negociações nos próximos dias.