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Entre os equipamentos buscados estão cercas eletrificadas, cuja instalação, regulamentada por lei municipal, exige profissional tecnicamente habilitado
Época de férias coletivas e escolares, os meses de dezembro e janeiro podem favorecer a atuação de criminosos em residências e imóveis comerciais fechados. Para minimizar a vulnerabilidade, a procura por serviços de sistemas de segurança costuma aumentar no período. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Segurança Eletrônica, em 2017, o setor de segurança elétrica no Brasil movimentou cerca de R$ 6 bilhões. No ano passado, o crescimento foi de 8%. O incremento desse tipo de serviço nas férias de verão chega a 20%. É o que estima o Engenheiro Eletricista e Conselheiro Suplente da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Alex Moretão Cunha.
Um dos sistemas mais utilizados é o Circuito Fechado de TV, o CFTV. Trata-se de um sistema de monitoramento interno composto por câmeras instaladas em pontos estratégicos do imóvel. Por meio da internet, o proprietário tem acesso remoto às imagens em tempo real de um computador ou smartphone. “Há soluções mais simples para usuários, como uma câmera ou um kit de até quatro câmeras que podem ser instaladas e conectadas através de uma rede wireless”, explica Cunha.
Ele alerta que, mais do que optar pelo investimento, é imprescindível contratar profissionais devidamente habilitados para a implantação. “O sistema de segurança eletrônico é uma atividade correlata à Engenharia. Por isso, para maior segurança, recomendo a contratação de empresas estruturadas ou responsáveis técnicos capacitados”, completa.
Assim, há garantia de que os padrões serão seguidos conforme determina a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Os equipamentos que utilizam energia elétrica precisam ser instalados de modo a evitar qualquer dano ao imóvel. Outra questão é a confiança. Em uma empresa especializada, o usuário tem a certeza de que seu sistema será monitorado única e exclusivamente por ele ou pelos profissionais contratados”, afirma o Engenheiro Eletricista.
Outra dica é exigir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). “Se existe seriedade por parte do contratado, com certeza haverá a apresentação do documento e das notas fiscais dos materiais e serviços prestados”, acrescenta.
Apesar da grande oferta de profissionais e empresas habilitadas no mercado, a contratação informal ainda é realidade. “Muitas pessoas nem conhecem a procedência da pessoa ou do sistema que será instalado. Há casos de clientes que nunca mais conseguiram contato com o prestador de serviço e jogaram dinheiro fora”, alerta o Conselheiro Suplente do Crea-PR.
Além de casas e empresas, condomínios residenciais buscam reforçar a segurança nesse período. “É comum a instalação em áreas comuns, como churrasqueiras, academias e piscinas.” As cercas eletrificadas completam o pacote dos sistemas de segurança. Em Londrina, a lei municipal 9.704/2005 rege normas que devem ser seguidas para a instalação. “Esses valores precisam ser respeitados por questões de segurança. O choque, por exemplo, não é para matar, mas para gerar segurança”, pondera Cunha. Por isso, a importância de contratar um profissional que tenha conhecimento para ajustar a eletrificação sem provocar danos irreversíveis.
O Crea-PR também publica Cadernos Técnicos com o objetivo de informar a sociedade sobre os procedimentos necessários para a instalação de equipamentos eletrônicos e cercas eletrificadas nos perímetros dos imóveis. Os materiais podem ser acessados gratuitamente no site do Conselho, pelo www.crea-pr.org.br, no menu Comunicação > Cadernos Técnicos ou clicando nos links a seguir: http://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/seguran%C3%A7a-eletr%C3%B4nica.pdf e http://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/cercas-eletrificadas.pdf.
Fiscalização do Crea-PR
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) realiza constantes fiscalizações na área de segurança patrimonial e sistemas de Circuito Fechado de TV (CFTV).
Só no ano passado, foram feitas 195 fiscalizações em todo o Paraná, sendo 26 na região de Londrina. Destas, 22 apresentaram desconformidade em relação aos padrões estabelecidos pela legislação, o que representa um índice de 85%. As irregularidades constatadas foram: dez não tinham Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), dez não apresentaram registro de Pessoa Jurídica e duas foram autuadas por exercício ilegal da Pessoa Jurídica prestadora de serviço.
“Nesses casos, é necessário que a pessoa faça a devida regularização do registro junto ao Conselho, com consequente contratação de profissional responsável técnico para a continuidade da atividade”, explica o Facilitador de Fiscalização do Crea-PR, Alexandre Barroso.
O objetivo da fiscalização do Crea-PR é combater o exercício ilegal da profissão e valorizar os profissionais capacitados. “Também incentivamos a formalidade, a fim de que apenas empresas devidamente cadastradas e com profissionais responsáveis desempenhem atividades relacionadas à segurança patrimonial”, completa Barroso.
Sobre o Crea-PR
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.