Assassinos de delegado são foragidos de presídio carioca

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Delegado José Antonio Zuba. Foto: Giovani Santos / SESP

Foragidos do presídio Bangu 4 estão entre os assassinos do delegado de Pontal do Paraná José Antônio Zuba de Oliva, 47 anos, e do servidor municipal Adilson da Silva, 42. A polícia prendeu, por volta do meio-dia desta terça-feira (24), Francisco Diego Vidal Coutinho, 20 anos, fugitivo do 63.º Distrito Policial de Niterói (RJ). Foram identificados outros três suspeitos do crime que são Felipe, conhecido como “Tex”, e que portava documentos em nome de André Nascimento Gomes; Paulo “Tutancamon”, 42, e Paulo “Ganchinho”, ambos foragido do Bangu 4, Rio de Janeiro.

O delegado Zuba foi morto na manhã desta terça-feira (24), por volta das 10h, quando foi investigar a denúncia que homens armados estavam em um camping, em Shangri-lá, no litoral paranaense. O Honda Civic placa LBS-1131 e o BMW preto, KMZ-8103, ambos do Rio de Janeiro, utilizados para a fuga dos criminosos, foram encontrados pela polícia, abandonados, horas depois do confronto. Os veículos estavam em uma região de mata na divisa entre Matinhos e Pontal do Paraná, onde a polícia concentra as buscas pelos foragidos.

O secretário da Segurança Pública, Aramis Linhares Serpa, designou equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Delegacia de Furtos e Roubos, Delegacia de Homicídios, Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Grupo Tigre, Batalhão da Polícia de Choque e o efetivo disponível das polícias Militar e Civil, de Curitiba e do Litoral, para fechar o cerco contra os assassinos. “Determinei ação imediata de toda a polícia, com apoio aéreo, para localizar, prender e entregar à Justiça esses marginais”.

A polícia de Santa Catarina e a Polícia Rodoviária Federal dão apoio às investigações e tentam localizar os criminosos, com ajuda do helicóptero Águia da PM e de uma aeronave da PRF. A polícia acredita que oito pessoas estejam envolvidas no assassinato do delegado. “Pedimos à população que denuncie pelos telefones 181 ou 190 qualquer movimentação suspeita. Procuramos por pessoas que não morem no Litoral e que estejam fortemente armadas”, disse o secretário.

CONFRONTO – O delegado Zuba foi morto ao verificar denúncia de um grupo suspeito dentro do camping. O delegado, acompanhado do funcionário da prefeitura Adilson da Silva e das investigadoras Noeli de Fátima Brezolin e Luíza Helena Santos Pinto, foram recebidos a tiros. Zuba morreu na hora, com tiros de metralhadora e pistola. Silva ficou gravemente ferido e morreu no início da tarde, em Paranaguá. As investigadoras foram rendidas e ameaçadas de morte, mas em seguida, liberadas e tiveram suas armas levadas pelos bandidos.

“É com profunda tristeza que recebi a notícia da morte do delegado, um policial eficiente, que tombou em combate, no cumprimento do dever”, declarou o secretário. O delegado Zuba era casado e tinha dois filhos. Ele vai ser velado ainda nesta terça-feira (24), na Câmara de Paranaguá, depois das 18h, e deve ser cremado na quarta-feira (25), em Curitiba

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