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Cidadãos devem ser alertados sobre os riscos à saúde das transmissões em 3D.
A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou projeto (PL 1886/11) que torna obrigatória a divulgação do aviso pelas salas de cinema e pelas empresas que produzem e comercializam aparelhos de televisão, computadores e outros equipamentos que utilizam essa tecnologia.
O deputado Gean Loureiro, do PMDB de Santa Catarina, apresentou parecer pela aprovação da proposta.
Ele afirmou que é direito do consumidor ser informado sobre possíveis problemas, muitos já identificados pela Organização Mundial da Saúde.
“Não há nenhuma proibição de comercialização, de utilização de salas de cinema, apenas o alerta em alguns casos específicos de doenças que trazem uma interferência direta que possa haver uma exibição dos problemas que podem ser causados. Isso será regulamentado posteriormente pelo Ministério da Saúde”.
Já são conhecidos alguns efeitos danosos das imagens em 3D à saúde de certos grupos de indivíduos com histórico de epilepsia, derrame, uso excessivo de álcool, insônia ou portadores de outras doenças graves; além de mulheres grávidas e idosos.
O neurologista Hudson Mourão apontou ainda a possibilidade de essas imagens desencadearem crises convulsivas e enxaquecas.
“Mas olha não são todas as pessoas com crises convulsivas. São somente aquelas cujas crises convulsivas são estimuladas por luz. São poucos os pacientes que têm essa suscetibilidade, mesmo entre os epiléticos. Outra causa é a pessoa que tem enxaqueca que pode ter uma piora das crises vendo uma televisão ou cinema 3D”
A proposta que determina a divulgação de alertas sobre os riscos à saúde das transmissões 3D ainda será examinada pelas Comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça.
O projeto pode seguir para o Senado sem passar pelo Plenário.
De Brasília, Geórgia Moraes