Escute a noticia. Clique no Player acima!
Usar o celular ligado na tomada enquanto a bateria do dispositivo é recarregada ainda é bem comum. Mas a morte de mais um jovem em decorrência de uma descarga elétrica rescendeu a preocupação com os riscos envolvendo a prática.
Lucas Hendysson Luz, 17 anos, acessava as suas redes sociais quando a bateria do celular acabou. Ao ligar o carregador no aparelho e na tomada, acabou levando o choque. Segundo a família, no momento do acidente chovia e trovejava.
O atestado de óbito indica que o jovem morreu após uma parada cardíaca, mas um laudo com mais detalhes será entregue para os familiares nos próximos dias.
Um boletim de ocorrência deve ser aberto para que a causa da morte seja investigada. De qualquer forma, fica o alerta: não use aparelhos durante a recarga da bateria. E isso vale para celular e outros dispositivos eletrônicos.
Segundo especialistas, a ocorrência de curtos-circuitos não é tão comum. No entanto, os riscos existem e certos comportamentos podem evitar tragédias como essa.
As redes elétricas podem esconder problemas. Ainda mais se as estruturas forem muito antigas e não passarem por manutenção preventiva com frequência. Na dúvida, chame um profissional qualificado para verificar tudo direitinho.
Outro alerta é em relação ao uso de carregadores piratas. Os produtos originais são homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Por isso, passam por testes e existe a garantia de que eles só vão fornecer energia para o celular se eles estiverem ligados ao aparelho. Funcionando assim, o risco de os carregadores causarem algum curto-circuito é bem menor.
Não há essa garantia com os aparelhos piratas. De acordo com os especialistas, o produto pode fornecer uma energia além da necessária. O resultado pode ser até mesmo um incêndio.
PROXIMIDADE COM A ÁGUA É AINDA MAIS PERIGOSO
Água e aparelhos eletrônicos não combinam mesmo. Por isso, evite usar o celular conectado na tomada durante o banho ou em algum ambiente perto de água.
No final do ano passado, a jovem atleta russa Irina Rybnikova sofreu um choque elétrico após seu iPhone cair durante o banho, em sua casa em Moscou. O aparelho estava carregando e o contato com a água foi o responsável pelo choque fatal. A água (não pura) funciona como um ótimo condutor de eletricidade.
Além da descarga elétrica, o vapor da água quente também pode danificar o celular a longo prazo.
OUTRAS TRAGÉDIAS
A morte do jovem Lucas, infelizmente, não é o primeiro caso no Brasil. O ano passado foi marcado por várias tragédias.
Em abril, a bombeira Gislene Martins Goulart, 36, faleceu após um incêndio provocado por um curto-circuito no celular que estava carregando na tomada.
Em junho, Iago Aguiar, 16 anos, morreu após receber um choque enquanto recarregava o celular na entrada USB no computador da escola. Na mesma semana, Lucas Jean Marsola, de 22 anos, recebeu uma descarga elétrica enquanto jogava em seu aparelho. O dispositivo também estava plugado na tomada.