“Agora vá para o seu quarto!” Por: Rev. Jader Borges Filho

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“Agora vá para o seu quarto!”

Esta frase-ordem como castigo pode não funcionar como você gostaria, pai, mãe.
E poderá até funcionar como você não gostaria e quem com isso irá sofrer será você, se e quando uma rebeldia instalar-se na vida do seu filho.

E por que “agora vá para o seu quarto” não funciona?

Resposta simples: Porque praticamente nunca funcionou com você.
Diga-me: quando o castigo ou as várias formas de castigo que você recebeu dessa forma, marcaram positivamente a sua vida, como aprendizado para uma vida e correção para justiça em atitudes, ações e reações a partir do momento de “ter ido apenas [ameaçado] para o quarto?”

Das vezes em que eu “fui para o quarto” de castigo, sinceramente não consigo lembrar-me de nenhuma das boas e bíblicas lições aprendidas para a vida, só por ter ido parar lá e ter ficado olhando para o teto, para as paredes… esperando por um voz com mandato de soltura: “agora pode sair”.

Qual a eficácia de um castigo?

Mandar para o quarto (até aos berros) não funciona para todas as crianças. Especialistas em comportamento infantil alertam: sua eficácia dependerá da idade e do temperamento do seu filho, já pensou nisso?
Um filho pequeno e dócil, assustado irá para o quarto por medo de você (e ficará lá até o medo que o marca, ouvir: “agora pode sair”. Mas ele ficou lá com medo e só pelo medo. E não sabia nem como agir direito por um bom tempo, depois que deixou o quarto.
E aí? Qual foi a eficácia do castigo?

Por outro lado… tem crianças pequenas que tem um temperamento… que eu vou te contar!
Aí você a manda para o quarto.
E depois de um tempo lhe diz: “agora pode sair”. MAS O CIDADÃO DE TEMPERAMENTO DIFÍCIL e de apenas 6 anos de idade lhe diz: “eu não! Vou ficar é mais tempo por aqui, ainda!”
E agora… o que você faz???

Não é para mandar para o quarto, pastor?

É.
Se for útil a todos.
Você, como disciplinador, precisando de um tempo para pensar no que vai fazer e como agirá (porque, na raiva e no impulso, poderá agir intempestivamente) e para a criança, que saberá que o “ir para o quarto” não serviu apenas para aguçar-lhe ressentimentos, mas sim os sentimentos certos e as lições para a vida.

Lembre-se: o objetivo de um castigo é a correção de uma má ação, de uma má atitude, de um mau comportamento.
O meio e o método será escolhido por você, mas com uma finalidade mais sublime: corrigir, conquistar e ganhar. Se o seu filho aprender com a disciplina, ambos ganharam.

Se você mandar uma criança para o quarto, ou sentar-se por um tempo no sofá, no banquinho… e só for isto… e daí?

Recomenda-se o uso de um tempo limite com crianças com mais de 4 anos, que podem verbalizar seus sentimentos e estão começando a entender o que é o certo, do errado.
Elas perceberão que o tempo limite não é sobre perder o amor de um pai. Trata-se de perder o privilégio de liberdade por causa de algo que fizeram e que estava errado e que, por causa disso, precisarão conversar e tratar sob a autoridade dos pais”.

De uma certa maneira dizemos até assim (para crianças pequenas de 4, 5, 6 anos): “vá para o banquinho para pensar no que você fez”. Mas, crianças nessa idade não pensam devidamente no que fizeram! Não, com a reflexão profunda que você gostaria!

Crianças pequenas não conseguem raciocinar por todas as linhas do certo e do errado! Elas não “meditarão” – que era a sua intenção como pai, não era?
Não conseguirão pensar por si e só.

Então, o tempo-limite é mais para as crianças… sentirem (sim, sentirem).
No sentir é que começa um processo em sua cabecinha: “eu fiz alguma coisa errada”.
E o que será útil para ambos: Papai, mamãe e o filho conversarão com mais jeito e calma.
E adultos tementes a Deus ajudarão a criança a entender melhor o que é certo e o que é errado.

O privar da liberdade não foi então usado como punição, mas como um tempo e momento necessários para a iniciativa de uma melhor compreensão para a vida, nos pensamentos e no coração da criança que irão se formando e calando ali.

Deixadas no quarto sozinhas… de que serve?
Você mandou a criança para o quarto de castigo.
E ela foi.
Mas, e daí?
Não lhe passou pela cabeça pai/mãe que… algumas crianças ficam ainda mais fora de controle quando deixadas sozinhas?

O castigo via privação de liberdade por um tempo deve servir para algo, afinal, reclusão por si só nunca melhorou ninguém, senão presídios virariam centros maravilhosos de convivência e de aprendizado; os melhores do mundo!

…Baixada a poeira, tempo investido na espera do que vem por aí (depois do tempo limite)… pais refletindo, filhos esperando o que virá e o que ouvirão… Sim, depois do tempo-limite, haverá boa iniciativa para reconquistas da educação na justiça e para a vida. Elas fluirão melhor.

Dê uma boa olhada na resposta do seu filho e considere se a tática está tendo o efeito desejado: formar um bom caráter cristão na criança.
É conversando que se entende.
É colocando limites claros, que filho respeita, pois saberá que se excedeu.
É acompanhando de perto que se tem o filho perto.
É utilizando com sabedoria a vara – quando se fizer necessário –
que você afastará a malandragem perniciosa do coração do seu filho, como prática recorrente [ a malandragem infantil dele, seu filho, que você sabe muito bem que existe, pois também se valeu dela, a malandragem, quando era criança] (Pv 22.15).

E para todos os casos, oração, sabedoria e postura de pai com autoridade, muito mais marcarão do que punirão.

Quando os nossos filhos tiverem um mau comportamento, podemos, sim, castigá-los como forma de EDUCAR.
O objetivo deve ser ensinar limites e ajudar no desenvolvimento.
Disciplina é fator determinante para qualquer educação!

Algumas dicas, então, que percebi lendo Juliana Freire , uma mãe que escreve muito bem para mães.
Adaptei e apresento aqui o que li:

1. Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem raiva.

2. Se a opção foi pela privação da liberdade por um tempo-limite, Explique os motivos do castigo. Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos.

3. Os filhos precisam entender que o castigo é consequência de algo que eles mesmos praticaram e que os pais não têm prazer em castigar mas tem o dever de corrigir.

4. A criança precisará entender o que motivou a perda, para começar a pensar a respeito (sim, ela terá algum aprendizado da situação, possa crer). E a partir daí, procurar evitar aquele mau comportamento, para que não seja repetido (a simples lembrança que você lhe trouxer do por quê ela ficou de castigo da última vez… lhe trará à lembrança sua falha e erro).

5. Sim, até para efeito positivo, A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Mas tome muito cuidado nesta hora, pois o castigo não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante. Também não a humilhe, mesmo estando só vocês dois em casa. Seu objetivo é educar, corrigir na justiça e não, humilhar a sua criança.

6. Seja firme. Cuidado para não ceder por causa de choros e chantagens da criança. Depois da decisão tomada: não volte atrás, pois a criança – astuta que é – poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre.

7. Cuidado com as ameaças. Jamais ameaçar e não cumprir, portanto cuidado com o que anunciar que será feito.

Então, pais, concluindo…

Que tal você, antes de mandar o seu filho para o quarto… ir você primeiro para o quarto, e orar sempre?
E orar mais?
Não espere pela “hora do castigo” para orar.
Espere saber agir na hora do castigo, por ter orado e pedido sabedoria para criar, sempre.

Estudar a Palavra de Deus para saber quando e como agir é o alvo. Ler bons livros sobre fé, família e filhos, ajuda.
Lembre-se: amar os filhos não é difícil. Educá-los é que é.

Então, oração antes de qualquer ação.

E quando foi necessária a ação, que ela termine sempre com oração: pais e filhos orando juntos: pelo que motivou o castigo e pela Graça de Deus que nos ajuda a mudar, melhorar e crescer para a vida, com educação na Justiça.

Ah, e falei tanto em “Educação na justiça”, não foi?
É porque creio plenamente que a Bíblia tem todas as orientações necessárias para a partir dela não só educarmos filhos, mas nos educarmos, também. Confira: 2 Timóteo 3.16,17.

Não estamos só educando. Estamos formando homens e mulheres de Deus, habilitados para toda boa obra.

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