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A promessa era boa: vender o carro em 50 minutos e receber o dinheiro na hora. Era tudo o que a Simone precisava. Ela entregou o carro por R$ 7,5 mil abaixo da tabela FIPE. No dia seguinte, recebeu 20% do combinado. Desde o fim da semana passado, vem tentando receber os R$ 25 mil restantes. Só conseguiu recuperar o recibo e a procuração para venda. Ela só queria rapidez e segurança para resolver um problema emergencial na família.
Agora, se sente enganada. O Fernando vem enfrentando o mesmo problema desde o dia 07 de fevereiro. No caso dele, demorou uma semana para receber os 20%. Ao pressionar a empresa para receber o restante, descobriu vários outros clientes que também teriam sido lesados. Fernando e Simone registraram boletim de ocorrência e têm advogado. Eles estão com os documentos. Os carros não podem, legalmente, ser repassados para outras pessoas.
O que também não resolve o problema. Para os advogados, é estelionato e crime contra as relações de consumo. Os advogados descobriram ainda que a empresa enfrenta, pelo menos, 20 ações judiciais desde setembro. O caso foi repassado para o promotor Miguel Sogaiar. Ele informou que abriu um procedimento investigativo e que vai notificar a empresa a prestar esclarecimentos. Também deve enviar uma recomendação para que sejam retiradas, imediatamente, todas as faixas e propagandas com a promessa de recebimento de dinheiro na hora.
Até agora, mais de 30 pessoas procuraram a delegacia de estelionato da polícia civil. A orientação pra quem se sentir lesado é registrar boletim de ocorrência. A empresa faz uma ponte entre quem quer vender o carro e compradores credenciados através de uma plataforma on-line. A 1ª loja foi aberta em Londrina em 2016. O negócio cresceu e hoje são 5 unidades, incluindo Curitiba, Itajaí e Maringá. A expansão rápida teria provocado o problema no fluxo de caixa. Com a entrada de um novo sócio investidor, a promessa é quitar todos os débitos até a 1ª quinzena de março.
Fonte: Conexão Policial